Diário 16: a missão da Irmã Marina Maria Mohr

“É missão de todos nós, Deus chama e quer ouvir sua voz”!
O batizado(a) renasce para a Vida eterna, e é chamado(a) a conhecer Jesus, a ser discípulo(a) e a falar Dele a todas as pessoas, por palavras e pelo testemunho.

Neste compromisso, vou pautando minha vida, buscando ser fiel Àquele que me amou, chamou e envia- JESUS!
Sou Ir. Marina Maria Mohr, natural da pequena, mas simpática cidadezinha de São José do Hortêncio do RS. Conheci aí as Irmãs da DP, frequentando a escola, onde elas atuaram com muito carinho e empenho. Senti-me tocada, desde pequena, direcionando meu olhar nesta direção: “…também quero ser feliz como elas, dedicando a vida para Jesus”.

Hoje, sou feliz, e nunca me arrependi por ter acolhido o chamado de Deus e prosseguido em frente, mesmo entre muitas dificuldades, buscando realizar, no dia a dia este desejo. Descobri que as dificuldades são degraus para me tornar mais apta, mais corajosa, mais forte… para compreender a missão de Jesus. E, este ano, faz 46 anos que estou na vida Consagrada Religiosa como IDP.

Uma frase importante em minha vida é: “Coragem, eu venci o mundo”! Conta comigo! Cf. Jo 16,33b.
Ser missionário(a) é sair para ir ao encontro das pessoas, estejam elas onde estiverem. “ Há quem parte longe de sua família, seu povo, sua cultura; vai além-fronteiras.” Fiz esta experiência significativa: vim para o Maranhão em 1995.

Experimentei a riqueza do quanto as diferentes culturas nos enriquecem. Sem dizer que, sim, é poder se disciplinar, muito respeitar, amar, abraçar um contínuo caminho de conversão, mas sempre contar, permanecer… com Jesus. Eis uma lembrança de “ouro” para meu viver: “Aprendi o que é ser Irmã da Divina Providência no chão maranhense. Riqueza que ninguém pode arrancar de mim.

Quero neste diário, partilhar um desafio que me ajudou e enriqueceu muito: ir em missão algumas semanas, alguns dias, bem para o interior do Maranhão, especificamente Santo Amaro do Maranhão e Primeira Cruz. Fiz a experiência de viver a Semana Santa, vivenciando a paixão, morte e ressurreição de Jesus, em duas comunidades bem humildes, no interior. Experiência ímpar! Acolhi-me ressuscitada para uma Vida Religiosa mais comprometida com os menos favorecidos, onde novos desafios de vida devem ser contínuos. E senti-me confirmada no SIM dado a Deus há 46 anos e sou realizada.

A última experiência foi em Primeira Cruz, perto de Santo Amaro, no mês de setembro. Por enquanto, lá só se chega sobre a água, com voadeira. Cidade bem maior que Santo Amaro e nem paróquia tem. Encontrei um povo muito sedento da Palavra, do convívio, do bem-querer, e, de muita partilha do que tem. Senti-me logo em casa.
Me programei para dar o melhor de mim e aproveitar bem o tempo. Deu para:

· Organizar a IAM (Infância e Adolescência Missionária). Hoje, um bom grupo de crianças participa e é assumido por jovens;
· Encontro com adolescentes e jovens;
· Presidi celebrações da Palavra;
· Visita para a Escola;
· E o mais, visitando famílias, especialmente levando conforto da Palavra para doentes, idosos, entre outros.
E ainda deu tempo para curtir a natureza bem para um interior, chamado Tapera, um passeio de quadriciclo! Que legal!

Foi tempo de graça sobre graça, bênçãos…

Assim, consigo entender, acolher mais, o que Jesus diz para quem o segue: …”receberá o cêntuplo.” A recompensa do conviver com o diferente, crescer em amizade, conhecer outros lugares, aprender com o povo, levar e partilhar o pouco que se tem com quem tem pouco e deseja crescer na fé, na vida. Atualmente, estou em Porto Alegre, tendo retornado ao Rio Grande do Sul em janeiro deste ano.

Este peregrinar fez a grande diferença em minha vida.

“Dou graças Senhor, por Teu grande amor.”

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