Fazer tudo para a maior Glória de Deus
A semente da minha vocação se manifestou aos cinco anos de idade. Escutei meus pais conversando sobre Padres, Irmãos e Irmãs e lá no meu inconsciente fui acalentando este chamado. Minha mãe muitas vezes falava conosco sobre a Vida Religiosa. Por sinal, minha família é muito católica e na nossa casa se rezava muito pelas vocações. Aos domingos, não se podia faltar nas Celebrações. Em família, se rezava o terço todos os dias. Muitas vezes nós íamos até a Igreja Matriz, que ficava 7 km longe de casa. Nós madrugávamos para não chegar tarde na Celebração Eucarística. Na época, se a pessoa chegava tarde na missa, não podia tomar a comunhão. Mas nada era demais para cumprir os deveres dominicais.
Desde sempre nossa família foi muitas vezes visitada por Religiosas/os. Na Escola, duas vezes por ano, vinha um Padre Jesuíta visitar os alunos e dava um santinho para quem dizia que queria ficar Irmã, Irmão ou Padre. Lá eu fui coletando santinhos que, até sair de casa, com os meus 16 anos, eu já tinha perdido a conta. Mas a alegria era muito grande mesmo que misturada com inseguranças.
Chegou o dia 12 de março de 1965, quando me despedi dos meus pais e meus 10 irmãos. Ao sair de casa, tanto papai como mamãe, diziam: filha, se não queres mais ficar nas Irmãs, podes voltar para casa que a porta sempre estará aberta para você.
Sempre senti muita confiança em Deus e na companhia de Maria. A vida foi difícil nos primeiros dias. A realidade do Juvenato era diferente, mas logo me acostumei. Entrei na Vida Religiosa no dia 21 de janeiro de 1967. Fiz os Votos Perpétuos no dia 30 de abril de 1977. Tenho 52 anos de Vida Religiosa. Sou muito grata pelo chamado de Deus. Seu amor sempre me acariciou. Agradeço pela formação recebida na Vida Religiosa. Sou grata pela educação que recebi dos meus pais. Minha caminhada vocacional também foi confirmada pelas minhas tias Religiosas.
Na Vida Religiosa o que me é força é a vida de oração, o cumprimento dos deveres religiosos, a confiança, a misericórdia e a doação. Assim posso dar testemunho do amor de Deus.
Como trabalho profissional, eu me doo no serviço da cozinha, no servir pessoas. Desde que me conheço, o meu forte é o preparo da comida, criar pratos diferentes, multiplicar experiências e soltar a criatividade para fazer coisas novas e servir com gosto a mesa. Muitas vezes, com o borbulhar da panela me vem a ideia qual o cardápio para o dia seguinte e como prepara-lo.
Com tudo isso e muito mais sinto a alegria de servir e de realizar tudo para a maior glória de Deus.
Deus provê, Deus proverá. Sua Providência não faltará!
Irmã Natália Krötz
Confira o que a Irmã Natália tem a dizer!