Eduardo, Sacerdote zeloso e apaixonado por sua vocação

ago 19, 2019

“Eduardo era um presbítero apaixonado pela Igreja, incapaz de antepor qualquer outra atividade aos seus trabalhos apostólicos”.

 

Assumiu seu sacerdócio com profunda convicção de fé, uma opção tomada em definitivo pelo Reino de Jesus Cristo. “Pôs a mão no arado e não olhou mais para trás”. Apaixonou-se por um grande Amor, Jesus Cristo e dedicou toda a sua vida a concretizar com entusiasmo e paixão sua vocação. Entendeu e viveu seu sacerdócio como um prolongamento da missão de Cristo. Reconheceu como São Paulo: “A caridade de Cristo nos impele”. Por esta missão Eduardo renunciou aos seus sonhos pessoais, já no início do seu sacerdócio: o sonho de continuar os estudos e formar-se um docente de Teologia, para ajudar na formação do clero e do povo cristão; acolheu, no lugar deste sonho, a missão que a Providência lhe pediu através do recém-nomeado Arcebispo de Colônia, de ser o seu secretário particular.

Como presbítero, o coração de Eduardo bateu apaixonadamente pela Igreja de Jesus Cristo. “[…] o que mais sinto é a pressão que pesa sobre a Igreja. Por que permites, Senhor, seja tão atribulada aquela que tu amas? Eis que também eu a amo – por isso coloca sobre mim parte de seu sofrimento […]” Empenhava-se incansavelmente pela unidade e a liberdade da Igreja. Teve um zelo especial pelos cristãos da diáspora. Com o coração missionário, colocou-se no lugar deles para sentir com eles a falta de orientação. Para ajudá-los fundou uma associação – a “Liga São Bonifácio” – com o objetivo de fazer com que os cristãos das comunidades católicas se envolvessem e ajudassem os católicos na diáspora, que viviam espalhados entre os evangélicos e não tinham a força e a ajuda de uma comunidade. Outra ideia dele era formar associações de sacerdotes que, “vivendo juntos numa casa, visitassem os católicos dispersos pela região e os reunissem em comunidades”.

O coração de Eduardo se assemelhava ao Coração de Jesus Cristo. “Em meio a todo o volume de tarefas e do empenho por tantas causas, Eduardo sabia achar tempo para seus inúmeros penitentes e só Deus sabe quanto o confessionário foi local privilegiado, onde consolava as pessoas e os encaminhava a uma vida interior mais profunda”. Um amigo sacerdote escreveu certa ocasião: “Eduardo sabia, como poucos, aliar, em alto grau, bondade e firmeza, o que todos os que tinham contato com ele admiravam”. Graças ao dom de liderança e à sua influência junto ao Bispo, mas, sobretudo, levado pelo seu zelo pastoral, Eduardo conseguiu concretizar várias das suas iniciativas em prol do revigoramento da vida de fé entre o povo.

“Nas férias escolares, Eduardo gostava de acompanhar seu Bispo nas viagens pelo interior do País para as crismas. Assim se tornou conhecido também entre a população do campo, que via nele um sacerdote piedoso, um santo, diziam. Também seus diários falam do seu amor ao trabalho pastoral no meio do povo”.  O púlpito era para ele uma cátedra de onde anunciava com força a Palavra de Deus a todo o povo.

Sua devoção a Maria fez com que Eduardo, juntamente com seu Bispo se empenhasse pelo revigoramento das romarias, uma prática muito apreciada pelo povo.

Eduardo aconselha seus colegas padres de turma da Teologia: “Que nada se interponha entre nós e Deus, em nossa oração”. “Nada existe no mundo sem Ele, sem Ele tudo é vazio, tudo é vaidade, por isso devo me unir a Ele, amar somente a Ele, deixar Cristo viver em mim!”

Esta entrega pela causa do Reino e da Igreja, também se faz perceber em sua expressão no seu Diário: “Faze-me, em verdade, trabalhar pela Igreja e por ela sofrer e não permitas que eu procure a mim mesmo ou vantagem própria”.