Diário 08: a história de vida religiosa da Jovem Railene Siqueira
Por meio das Irmãs da Divina Providência, sei que Deus é providente!
Sou a Railene, moro em Manaus e conheço as Irmãs da Divina Providência desde os 9 anos. Não fui batizada quando bebê, me batizei aos 12 anos. Meus pais trabalhavam o dia todo e eu ficava com uma tia que cuidava de uma senhora, que chamavam de vozinha. Ela sofreu um acidente e não podia mais
andar e às vezes uma irmã da Divina Providência ia visita-la, fazia oração e entregava o Corpo de Cristo a ela. Eu chamava o corpo de Cristo de bolacha branca (risos). Esse gesto me chamou atenção, curiosa, eu perguntava se eu podia comer. Ela sorria, dizia que deveria fazer catequese, batismo e receber
a comunhão. A partir de então, me interessei em participar da Igreja. Minha mãe ia todos os domingos a missa e me levava. Pedi a ela pra fazer catequese.
Assim iniciei minha caminhada na comunidade católica, me batizei e fiz a comunhão aos 12 anos, na Comunidade São Mateus, da Área Missionária
Santos Mártires. Iniciei na liturgia, conheci mais de perto o carisma das Irmãs da Divina Providência, tive uma grande amizade por cada Irmã que esteve em Manaus, cada uma com a presença de Deus que transmite uma paz. Sou grata pela presença das Irmãs da Divina Providência em minha vida, momentos de alegrias, descobertas, tristeza ou dificuldades. Elas estão sempre presentes em minha vida. Da infância até hoje. Por meio delas sei que Deus é providente.
Participei de encontros vocacionais, o modo de vida delas me chamou atenção e admiro muito a coragem de servir a Deus ajudando o próximo longe de sua família. Tiveram momentoo em que pensei em seguir o exemplo delas. Mas por motivo da missão de cuidar do meu irmão, meu irmão-filho, após a morte de minha mãe que faleceu em seu parto. Eu fiz esse papel. Aos 20 anos de idade, não estava preparada para ser mãe, mas Deus esteve e está sempre comigo, providenciando.
Um dom de ser mãe que eu não imaginava que teria. Hoje tenho vontade de ser mãe, der ter uma família. Essa realidade mudou totalmente minha vida. Pensei em desistir, mas lembrava da minha mãe falando: “Cuida do seu irmão, se acontecer qualquer coisa comigo.”
As Irmãs também estiveram presente me ajudando e apoiando. Uma tia, irmã da minha mãe também foi e é um anjo no cuidado do meu irmão. Passado dois anos sem minha mãe, meu pai ficou com depressão, um momento bem difícil, em que tive que ser forte e passar tranquilidade para meu irmão e apoio ao meu pai. Fui em busca de ajuda, hoje ele ainda sofre, mas Deus é Providente em nossa vida. E para aliviar minha angústia ia na capela da casa das Irmãs da Divina Providência. Lá, eu era bem recebida a hora que fosse. Mas mesmo assim continuei a participar das atividades da comunidade da equipe de liturgia, assessora da Infância Missionária, Ministra Extraordinária da Eucaristia e tento ser sinal da providência pra outras pessoas, pois a vida sempre nos ensina com as alegrias e com as tristezas. As
dificuldades vem para aprendermos a sermos fortes e capazes, pois Deus só nos dá o que conseguimos realizar.
Hoje penso em ter minha própria família! Com a presença de Deus e servindo a Ele, mostrar ao meu marido e aos meus filhos o quanto é essencial acreditar Nele. Sendo sinal da providência. Como dizia Pe. Eduardo Michelis “Estou nas mãos de Deus e n’Ele confio”.
As Irmãs da Divina Providência são o sinal da Providência, em que cativam e apoiam. Com elas aprendi a confiar em Deus.
#SejaSinaldaProvidência.
Railene Siqueira